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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), em Serrinha, cidade a 180 km de Salvador, a Operação Ojuara, com o objetivo de cumprir mandados judiciais contra uma organização criminosa suspeita de traficar animais. De acordo com as investigações, o grupo realizava vendas via internet e usava os correios para fazer entregas. Treze cobras foram resgatadas. A investigação teve início com a apreensão de diversos répteis na agência dos Correios em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, quando se detectou a presença de objetos postais, identificados fraudulentamente, que continham animais vivos. No decorrer da apuração, a Polícia Federal constatou a existência de uma rede criminosa formada por criadores clandestinos de animais, da fauna silvestre e exótica. Foram resgatadas 13 serpentes:
A PF informou que os investigados pela comercialização dos animais vão responder pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais; introdução de espécime animal no país, sem autorização; receptação e falsidade ideológica. As penas, somadas, podem chegar a 12 anos de reclusão.
Em nota, a Polícia Federal alertou que o tráfico de animais, silvestres ou exóticos, causa prejuízo à fauna brasileira, porque cria desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção.Alguns répteis exóticos comercializados pelos investigados, caso soltos, além de ameaçar às espécies nativas da região, podem transmitir parasitas nocivos e desencadear o surgimento de novas doenças no país.
As cobras do gênero píton, por exemplo, sendo naturais da Ásia, podem dizimar a fauna local, por viverem 30 anos, não terem predadores no Brasil e serem capazes de reproduzir-se por si só.